sábado, 22 de dezembro de 2007

Votos de fim-de-ano!! (2007-2008)

Nesse final de ano, desejo a você e a sua família o tradicional Feliz Natal, um ano novo repleto de realizações, boas festas, etc, etc e tal...

Escrevo aqui, também para agradecer pelo ano que está finalizando. Foram muitos amigos que encontrei ou reencontrei, boas cachaçadas que tomei, boas resenhas que foram geradas e novos laços de amizade que surgiram.

Que nesse 2008 tenhamos outras tantas oportunidades de nos encontrarmos, comemorarmos e farreamos.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Rosas Brancas

em 20/04/2002
As rosas vermelhas
são tingidas de paixão;
amarelas: de amizade.
Agora compreendo
porque as desgosto.

Prefiro às brancas.
Brancas,
puras como devem ser
àqueles que buscam
conhecer um ao outro

Que sejam rosas apenas
depois de coloridas
com o vento de cada uma das estações
e com o desejo
de cada momento
descobertos juntos.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Um céu muito mais doce

Foto em familia: minha avó e os filhos (e eu de gaiato)
no alto: Tio Gilson, Dete (tia), Sessé (minha mãe) e Tio Ivan
abaixo: eu, Zene, Voinha (Alice) e Tia Dinalva

A saudade aperta o peito. Falta um pouco de ar. Respitro pela boca para ganhar força; os olhos enchem de lágrimas e transbordam.

Minha tia Zene partiu hoje. Ficou a saudade e as lembranças...

lembranças de destaque de quase todos os meus aniversários, perto de um bolo caprichosamente bem feito, delicioso e recoberto em camadas de glacê que somente ela sabia fazer;

lembranças de cada 1° de abril que fazia questão de me ligar para passar um trote por mais simples que fosse;

lembranças da casa da minha avó, que sempre foi como uma segunda casa para mim;

lembrança de bons momentos, de boas risadas, de gestos, de mimos, de carinho. Boas recordações que guardarei para sempre.


Cada religião trata com distinção a relação entre a vida e a morte, assim também como cada qual descreve à sua maneira, para onde vamos quando nosso corpo não consegue mais manter nossa essência: a vida.

Tenho uma maneira particular de pensar no céu; prefiro acreditar que o céu é diferente para cada pessoa, diferente de tudo o que voce ja ouviu ou leu; uma versão do céu especialmente sua e feita para você.

Assim sendo... amanhã e nas próximas vezes que olhar para o alto, não verei apenas o azul e as nuvens brancas... verei o céu de minha tia, o mundo criado em seus bolos, onde as núvens serão de glacê coloridos, as casas terão telhados de Waffers, as cercas serão feitas de Deditos com destalhes em jujuba, a grama será bem verde, feita de açúcar cristal, os caminhos recobertos de piso feito de bolacha e os rios de espelho, onde haverá flores e pombas de fécula.

Será um céu muito mais alegre e muito mais doce.
Descanse em paz.

Quando é que a gente se sente velho?

em 2006-12-15

Às vezes eu me sinto velho. Não um velho de idoso. Apesar de algumas vezes estar com dores nas costas, reclamar de várias coisas e já ter começado a criar minhas rotinas/manias as quais começo a gostar, ainda estou novo.

Novo mas velho. Como é possível?
Acho que a "velhice" tem a ver com a quantidade de lembranças e análises que conseguimos fazer. Lembro de muitas coisas, de muitas pessoas, de várias conversas, das análises sobre tudo o que já vi, ouvi, vivi e as vezes aprendi.

Hoje eu consigo pensar como meu pai, como minha mãe. Consigo lembrar dos conselhos deles e as vezes constumo usar as mesmas frases e impressionante, no mesmo tom, para as pessoas mais "novas" que conheço.

Engraçado como me sinto cada vez mais parecido com meus pais.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Carambolas


O tempo conta de forma diferente para cada pessoa.

Eu ainda me vejo como o menino amarelo que brincava de Playmobil no canto do quarto sozinho durante horas e horas antes que meus colegas vizinhos chegassem ou partissem.

Era aonde eu criava meu próprio mundo, onde o bem sempre vencia o mal depois de sofrer um pouco, onde o mocinho sempre ficava com a mocinha no final e onde tudo poderia recomeçar no dia seguinte mesmo quando a empregada recebia ordem de minha mãe para botar abaixo as casas e o Forte Apache; era hora de limpar o quarto.

Eu ainda me vejo moleque, brincando de picula, de esconde-esconde, de gude, de soltar pipa na rua, de correr descalço pela calçada e fazer algazarra com os outros moleques.

Ainda lembro como se fosse ontem, das aulas da alfabetização, das mesas baixinhas e grandes que sentavam 4 colegas. Sou capaz até de lembrar de todas as salas de aula pelas quais passei. Das aulas de educação física quando eram ainda na garagem, e tinha que usar conga azul. Lembro da pia embaixo da escada que ficava no meio da escola e que sempre eu tinha que me abaixar, e também da pia que ficava no pavimento de cima no meio da escada que só passei a usar quando fomos para a 1° série. Das janelas laranja... de vários detalhes.

Lembro de tardes maravilhosas e intermináveis de desenhos na tv, durante as férias na casa de minha avó. De brincar com os gatos, de jogar burro, de catar feijão com minha tia durante a noite, de minha outra tia aplicar glacê nas pontas dos meus dedos só para eu poder lamber um-a-um. Lembro do meu tio trazendo bloquinhos para que eu pudesse escrever, de tirar um sono de tarde no quarto da frente da casa e minha avó e tias sempre colocarem uma cadeira para eu não cair da cama, mesmo tendo passado dos 10 anos... Lembro de percorrer e explorar o quintal até as bananeiras ou tentar tirar carambola do pé que havia no fundo da casa. Até hoje a palavra carambola representa pra mim parte da casa de minha avó.

Minha memória não me deixa esquecer que ainda sou o menino amarelo que ainda guarda viva na memória alguns dos melhores momentos da infância.


Mais cedo, havia muito tempo: tempo para planos, para imaginar, para construir, criar, fazer acontecer. Agora o tempo futuro parece espremido, os planos ficaram em segundo lugar.

Passei um bom tempo tentando escolher palavras certas, mas não há palavras certas pra descrever a angustia que invadiu o peito e alojou-se no coração, quase em forma de saudade.

Um dia, quem sabe, você entenda o que escrevi... o que senti. Um dia.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Sonhos

A gente escuta uma palavra, guarda uma imagem na mente, sente um perfume, e nosso subconsciente prepara todo um trailer pra a madrugada. Quando sonho, tenho bons momentos de descontração.

Estava em Salvador, passando pela Graça, onde moro. Seguia pra o Corredor da Vitória. Agora, todo o Corredor era um imenso calçadão, o qual dava a impressão de ser bem mais largo que a distância de tempos atrás. A maioria das pessoas caminhava; algumas poucas andavam de bicicleta como eu. Se não fossem os edifícios, poderia dizer que havia voltado no tempo. Todos, inclusive eu, usavam paletós em tons claros e estilo de época, andando calmamente pelo calçadão. Pelo tempo e pelas mudanças da rua, diria que havia se passado 10 anos, desde o 2007 em que me encontro hoje.

Havia chegado ao final da Vitória e conversava com um cliente. Resolvíamos algumas questões; parecia que tratávamos de projetos de engenharia (apesar de não ser engenheiro). Havia tubos de plantas arquitetônicas.

O tempo passava até que lembrava de um compromisso: os ex-alunos do Sartre iriam se reunir para uma da aula da saudade, em comemoração a alguns anos que havíamos feito o 3 ano (se considerar que haviam se passado mais 10 anos, seriam 21 anos).

A reunião ainda não havia terminado e começava a pensar em não ir ao encontro. Apesar de ter contato com alguns dos melhores amigos que fiz na época, eles eram poucos e não tinha a certeza se todos iriam. Não sei também o que conversaria com os demais os quais não deveria nem lembrar o nome ou sequer os rostos.

Olhei para o relógio.
A reunião terminou pouco depois do horário de início do encontro.

Peguei a bicicleta e segui sentido à Graça. Passaria em frente ao antigo colégio onde estudei e onde aconteceria o encontro.

Olhei novamente para o relógio. Havia alguns minutos que a aula começara.

A curiosidade me invadiu e sem muita expectativa, parei a bicicleta, entrei no colégio, caminhei pra a sala e abri lentamente a porta. A sala era diferente da que havíamos estudado. As carteiras também estavam arrumadas de forma diferente, em circulo.


Apesar de entrar atrasado, o professor não havia parado de falar, as pessoas também não se preocuparam com quem estava entrando.

Caminhei lentamente pela sala, para não fazer barulho, procurando um lugar para sentar.

Como que em câmera lenta, vi passando entre alguns vultos, os rostos de grandes amigos, de velhos conhecidos e de alguns que nem lembrava mais. Minha mente misturava os rostos jovens de 16, 17 e 18 anos com os atuais. Alguns estavam bem mais velhos, outros mais gordos/magros.

A cada novo passo, novos rostos; velhas lembranças.

A maioria fazia silêncio, alguns não se continham e coxixavam junto aos antigos grupos; juntanto com os olhares e posturas, ficava mais fácil relembrar e identificar quem era quem.

Uma sensação boa me preencheu. Minhas energias estavam sendo recarregadas com as lembranças, com os rostos amigos, com a imagem do Prof. Miguel sentado no canto da sala esperando a vez de dar aula de história.

Assim que sentei, num canto, abaixo de uma janela laranja, estava uma garota que me saudou com um singelo sorriso de cumplicidade, de camaradagem, de quem enfrentou um 3 ano de muito estudo e dedicação. Eu não lembrava dela até aquele momento, mas o sorriso me fez lembrar o quão foi bom o ano de 1996. O quanto eu cresci naquele ano.

Acordei leve, feliz, lembrando de várias pessoas que não vejo há muito tempo.

O fim do Mundo

Tenho demorado tanto a escrever que às vezes o texto está perdendo o sentido.
Ahhh, mas já que terminei, segue aí.


Segunda-feira, 11 de junho de 2007.
Como sempre faço todos os dias, abri o site dos principais portais de noticias e no UOL encontrei a notícia que astrônomos amadores descobriram que um asteróide iria se chocar com a Terra na primeira ou segunda quinzena de Julho de 2007. A vida na Terra iria acabar.

A Terra iria acabar logo depois do São João e eu não teria tempo para plantar e ver florescer uma árvore, ter um filho ou tão pouco terminar de escrever meu livro.

O tempo não seria suficiente para todos os meus planos.

Passei um dia inteiro pensando sobre tudo, sem conversar com ninguém sobre o assunto imaginando o que tinha feito e sobre o que deveria fazer nos próximos dias. Pensei em meu pai, minha mãe, nos vários aniversários junto com minha irmã, nos amigos e nos momentos que guardei com muito cuidado em lugar especial na memória para um dia relembrar. Não havia momento melhor para lembrar de tudo.

Por 24 horas fiquei meio aéreo, pensando no fim do Mundo. Como todos ficariam sabendo, Jornal Nacional? Quando começaria o histerismo, como seria o caos, como faria para chegar aonde meus pais estavam?

No dia seguinte, estranhamente nada havia sido comentado em nenhum jornal. Eu mesmo estava até esquecido. Logo depois que sentei no computador, revivi os pensamentos e voltei a buscar nos sites por notícias, até que encontrei nova matéria no G1 que desmentia a história e apontava que tudo se tratava de uma ridícula campanha publicitária da Citroen (ver detalhe abaixo).

Procurei novamente a suposta matéria e o site que havia acessado e já estava modificado. No lugar, havia notas que diziam que "agentes secretos desmascararam plano de destruir o mundo" e chamava para o site da Citroen na qual havia uma promoção "Se você fosse um agente secreto o que faria para salvar o mundo?". Quem se inscrevesse concorria é claro à um Citroen Pallas de merda.

Como estava bastante irritado e sou a sorte em pessoa, não perdi a oportunidade de me escrever com a frase: "Eu colocaria os publicitários e editores que criaram essa ridícula campanha em rota de colisão com o asteróide, livrando a Terra de idéias idiotas!!!".

Semanas depois recebi por e-mail a notícia que o carro havia sido sorteado e que eu não estava entre os ganhadores. Imagina o porquê?




DETALHES
A Citroen no intuito de divulgar um dos seus carros, colocou uma campanha em destaque no site UOL, com a seguinte frase “Asteroide Pallas pode se chocar com a Terra". O link à suposta noticia apontava pra o site "Observatório de Asteróides".

O site entre outras, descrevia que astrônomos amadores haviam descoberto que o suposto asteróide havia mudado de rota e que estava seguindo em direção à Terra. Que pelos cálculos iria se chocar com a terra entre a primeira ou segunda quinzena de julho de 2007. Que já estava havendo movimentação de cientistas, astrônomos e vários governos e militares sobre o fato.

Não havia maiores informações, além de uma imagem tosca e nenhum link na página. A página feita com aspecto de nerd astrônomos, com pouco recurso visual e nenhum link funcionando, fazia aguçar a preocupação diante da noticia.

Uma busca pelo Google e o nome do asteróide aparecia poucas referencias de quem também tinha lido a notícia e que começava a se espalhar e outras varias referências sites reais sobre astronomia, mas que falaram em linguagem astronômica e que não conseguia entender nada.

Resultado: para mim, o mundo acabaria em poucos dias.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Zeroes - Pessoas normais com qualidades especiais

Nunca quis misturar o blog com material que vejo pela net. Mas como ultimamente tenho escrito pouco no blog e muito no grupo, achei melhor criar uma sessão, "Pela Net".


Segue o primeiro achado:
Zeroes - Pessoas normais com qualidades especiais
Para quem é fã de Heroes não pode perder o Episódio 1 de Zeroes

Eles estão aqui, andando entre nós.
Pessoas normais com qualidades especiais.
Eles não podem voar...
Ou se teletransportar...
Se bem que isso seria legal.
Mas ainda assim eles tem poderes ocultos. (descobra-os)



http://www.metacafe.com/watch/550312/zeroes_01_legendas_em_portugues/



Quem quer continuar rindo... a parte 2
Zeroes 2 - A busca continua


http://www.metacafe.com/watch/563729/heroes_zeroes_2_the_search_continues/

terça-feira, 24 de julho de 2007

Voz


Acordei hoje com uma voz me chamanda. Abri o olho e tive a sensação que alguém havia me acordado. Alguém de bem.

A sensação foi tão real, que procurei pela casa se havia alguém.
Estranho. Bem estranho.

Não encontrei ninguém e uma sensação não muito boa surgiu: um aperto no coração daqueles que você pensa em todos que você gosta e se preocupa. Daqueles que você pensa nas coisas que ainda tem vontade de fazer, de terminar. Até mesmo nas coisas pendenetes que tem para escrever.

Por isso tudo, é que logo cedo estou escrevendo :)

Fora essa sensação, estou vivo e tudo bem.
Tenho milhares de coisas pendentes de escrever. Estou com vários arquivos na área de trabalho salvos, quase prontos para serem publicados. Talvez, no final de semana faça um limpa e publique. Por enquanto.... vou tomar banho e trabalhar, porque para variar, tem mil outras coisas pendentes na área de trabalho.

Bem.... bom dia pra todos.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Viva o Chocolate




Pode parecer brincadeira, mas essa semana resolvi escrever à Nestlé.
Segue abaixo a mensagem que envie através do site.

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Até essa semana pensava que era o único chocólatra a reclamar sobre os atuais produtos da nestlé, mas em conversas descotraída com amigos na última semana, incrivelmente vários reclamações surgiram. O chokito que antes havia vários crocantes, agora dá pra contar ao dedo, o Crunch também nem de longe lembra o antigo KRI repleto de flocos de arroz. Recentemente o tamanho também das bolachas que aqui no nordeste aparecem com 400g a menos que em SP e RIO. Até mesmo o Neston agora está com 100gr a menos tbm. Uma grande reduzida no volume para manter temporariamente os valores dos produtos que novamente subiram.

Quando teremos um Chokito e Crunch a altura da qualidade que tínhamos à 5, 10 anos atrás?


Hoje, recebi a mensagem de resposta deles
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Mensagem da Nestlé para Você Inbox
from "falecom@nestle.com.br" 11:30 am
to almiroleal@gmail.com
date Jul 5, 2007 11:30 AM
subject Mensagem da Nestlé para Você

Almiro

Agradecemos seu contato, e como gostaríamos de conversar diretamente com você sobre a questão exposta em sua mensagem, em breve telefonaremos para o número que nos indicou.

Atenciosamente,

SERVIÇO NESTLÉ AO CONSUMIDOR
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Estou aguardando a ligação. :)

Ps.: Segundo Léo... mandei a mensagem porque não tinha ninguém por perto para "Churiçar".

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Ganhar / Perder


Eu gosto de algumas das coisas que escrevo. Tudo bem que tenho fases meio toscas, mas volta e meia, encontro algum bom material para minhas auto-análises.

Para essas auto-análises futuco textos antigos, arquivos, agendas, e-mails. Volto ao passado quando não tenho o que escrever, volto quando tenho dúvida sobre quem sou, volto incessantemente para avaliar o "eu" que chegou aqui.

Encontrei um texto de 2001, que ainda expressa uma verdade em minha vida.

"Algumas vezes quando penssamos que ganhamos, na verdade podemos estar perdendo muito.
As pessoas sábias devem ter a capacidade de discernimento sobre quais vitórias desejam realmente saborear"

em 01/12/2001 as 00h28m

sábado, 5 de maio de 2007

O tempo


"O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem."

Quando pequeno, minha irmã e eu tinhamos um livro ou uma série de livros com pequenas histórias e dentre elas, havia essa texto. Se não estou enganado, esse texto é de Monteiro Lobato. Se alguem confirmar, e souber de que livro, me avisem.

Dificil ser constante num mundo inconstante, onde os prazos se encurtam, os ônibus se atrasam, os preços aumentam, e até mesmo algumas festas de largo mudam de data.

terça-feira, 24 de abril de 2007

O pulsar descompassado

Seria bom termos um controle remoto de sentimentos. Seria muito fácil, apontar pra a gente mesmo ou pra outras pessoas.

Um botão para Liga / Desliga.

Aumenta!!! zip!
Diminui. zip!

Muda de canal. zip! zip! zip! zip!...

Apesar que, pessoalmente, acho muito bom o turbilhão desgovernado que é o meu coração.
O silêncio, a calmaria. A tempestade, a inquietudes. O pulsar descompassado sem dia nem hora marcada para chegar.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Caminhando contra o vento, sem lenço sem documento

Vestidos com roupas simples, não muito limpas, ora com bonés de propaganda, ora com as cabeças expostas ao sol quente. Passo à passo, pé ante pé, calçando sandálias sujas, chinelos velhas, sapatos gastos, ou simplesmente com os pés chatos cheios de calos, descalços sob o asfalto; eles caminhavam juntos, em duas enormes filas sem início ou fim.

O dia era atípico para mim. Estava com o carro de minha irmã e fui pra o trabalho, com o ar-condicionado ligado, sem ter que esperar o maldito buzão. Assim que sai da Avenida Bonocô, deparei-me com o transito totalmente parado.

No lado extremo esquerdo da avenida que leva ao Iguatemi, duas filas de pessoas caminhavam: os sem terra (http://www.mst.org.br/mst/). Vim com o carro até onde o transito parava. Ninguém mais andava, além deles.

Parado, ao lado da fila, vi familias passando. Pobres. Poucos sorrisos no rosto. Uma tristeza incorporada. Claro que alguns riam e caminhavam. Alguns já se adaptaram à vida de sem terra e nem notavam o quão adaptados estão. Vendo de fora, basta olhar um pouco mais atento, e dá pra perceber.

Crianças, mulheres grávidas, homens jovens, homens velhos, senhoras de idade. Todos caminhavam e não paravam de andar. Lembrei de minha avó, das minhas tias. Toda uma vida vivida, trabalhando e ainda assim não poder descansar na velhice. Que país é esse?

Quem disser que são massa para manobras políticas, manipulados é porque não viu de perto os olhares, os rostos, os descalçados que caminham perdindo por terra, por igualdade, por liberdade.

Lembro de quando menor sonhar no mundo perfeito e das promessas de fazer um mundo melhor. Revivi tudo ao ver a a realidade. Que esse texto possa inspirar os que agem, porque eu ainda sou (covardemente) apenas das penas.

domingo, 15 de abril de 2007

Irrequieto


A mesmice do dia-a-dia, o tic-tac do relógio, o despertador que toca todo os dias às 6h50, e os subsequentes alarmes que são necessários pra que eu desperte, o mesmo caminho do trabalho, a falta de novos lugares, de sair pra dançar... está me deixando irrequieto.

As mesmas falas, as mesmas promessas, os mesmos sonhos, as mesmas piadas velhas, a mesma cama, travesseiro. O carro de lixo que passa às 2 da manhã, o passarinho que sempre entra na minha cozinha pra futucar as bananas...

O mesmo café da manhã a base de pão, cereal com iogurte e um pouco de mel pra adoçar a vida.

Tudo está me deixando entediado e a Lua nem ajuda. Hoje é final da fase minguante. Lua cheia de loucuras, apenas no final do mês.

Preciso mudar de hábito. Preciso mudar de quarto.
Hoje dormirei na sala. Por hoje, pra começar, basta isso.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Aula de computação


Minha mãe estava aqui no quarto contando sobre minha sobrinha no colegio, hoje. Ela faz 4 anos em agosto.

Hoje minha mãe foi busca-la e quando chegou na sala de aula, não a encontrou. Perguntou à professora que disse que ela estava na aula de computação.

- "Me deu uma vontade de rir. Essa menina dessa idade tendo essas aulas."

Risadas à parte, Giulia liga, desliga, escreve o nome, muda tamnho do texto, no word, volta com backspace, dá ENTER... e tira a maior onda:

- Titio... eu preciso escrever meu nome!!!!

Figuraça.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Doces e Crianças


Enquanto almoço, costumo observar entre uma mastigada e outra, as pessoas próximas. Umas conversando, outras esperando o tempo do almoço acabar pra poder bater o ponto, outras simplesmente comendo ou observando como eu. :)

Hoje, numa dessas observadas, notei que um senhor que estava sentado sozinho, e que minutos antes estava sizudamente almoçando, passou para uma expressão descontraida, um semblante de criança traquina, despreocupada com a vida. Podia perceber no sorriso discreto a vontade em a fazer alguma traquinagem.

Fiquei intrigado com aquele senhor. O que o fez mudar. Observei um pouco mais e em instantes, descobri o motivo. Um prato de sobremesa, cheio de brigadeiro, que ele criança, comia feliz.

Naquele momento, o trabalho, as dívidas e o escapamento furado do carro não mais existia para aquela criança diante do mágico doce. Sua mente enriquecia-se a cada colher deglutida, as sensações de criança, lembrando os brinquedos, o esconde-esconde, o carrinho-de-pau....

Por alguns instantes aquele senhor voltou no tempo, reviveu bons momentos e ganhou ânimo para mais alguns dias adulto. Até a próxima sobremesa.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Problemas e Guindastes

Ontem acessando a net, vi umas imagens antigas de uma situação trágico-cómica. Como estou cheio de problemas pra administrar, só pensei em relacionar uma frase à imagem.

PUFT!
Veio a frase e junto com as fotos, mandei para um grupo de amigos.

Não é que hoje, para minha surpresa, recebo de vários amigos a mensagem vinda de outros amigos que eu enviei!!! :D

"Problemas sempre existirão. A grande sacada é tomar ações para solucionar os problemas que não lhe tragam maiores problemas."
Veja as imagens aquie (tópico Humor... Problemas e Guindastes ). Se gostar da lista, pode assinar.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Ciclos da vida

Eu vivi muitas vidas (e ainda tenho outras pra viver).
Dei risada com quase mil amigos... e ainda tenho outros quase mil para conhecer e resenhar.

O tempo que passa não volta e estou agora deitado na cama com o teclado no colo a escrever e pensar sobre o que já fiz, o que deixei de fazer e o que ainda tem a ser dito, feito e imaginado.

Faz tempo que não escrevo. E como sempre, gosto de lembrar aos que chegam a essas páginas, que apesar de adorar quando as pessoas lêem, comentam* e se emocionam quando tenho alguns poucos surtos criativos, que eu escrevo para mim mesmo.

Escrevo para voltar um dia e reler, pra lembrar e aprender, para reviver e entender que mudo sempre. Que eu "prefiro ser essa metamorfose ambulante,do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".

Nos últimos meses tem faltado tempo para mim mesmo. Falta daqueles dias de ficar em casa sozinho, pensando na vida, tomado um vinho na varanda, olhando o céu à noite.

Parece que a fase do ciclo de estresse está passando, para vir a calmaria. Espero que essa fase se traduza numa safra boa de novo textos.

*Antes não gostava dos comentários, mas aprendi a gostar.

Outros posts, do antigo Blog.
07/05/2006 - Pensamentos de um lunático

23/04/2006 - Immortale

post de texto originalmente escrito em 28/02/2007 às 00h33m

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Poucos convencem

Sonho, imagino, crio, as vezes ultrapasso a realidade e até surto calmamente. Apesar de tudo, sou uma pessoa realista, analista, detalhista, observador atento as atitudes, aos sorrisos largos e falsos, aos discretos e sinceros, às sutilezas de caráter...

São poucos os que convencem.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Sorte ou revés?

Chego de viagem cansado, depois de horas de espera e para matar o vicio de nao ter acessado o orkut, entro para aprovar algumas pessoas nas comunidades.

Vez ou outra olho a sorte do dia. E hoje me aparece:
Sorte de hoje:
Você escapará por um triz de um problema sério

putz!!! Isso lá é sorte? Será que já aconteceu ou ainda vai acontecer? Se bem que vou escapar por um triz.... Pode vir.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Modelo

Sonho, imagino, crio, as vezes ultrapasso a realidade e até surto calmamente. Apesar de tudo, sou uma pessoa realista, analista, detalhista, observador atento as atitudes, aos sorrisos largos e falsos, aos discretos e sinceros, às sutilezas de caráter...

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Saudade

saudade
é sentimento
que aumenta o desejo
e os sentidos
contidos no coração

saudade
é sentimento
que torna vivo
o sorriso
o olhar
os cabelos dourados
daquela por quem
sonho todas as noites

saudade
é sentimento
que aperta o peito
e transorda em lagrimas
o que sinto