Como eu vejo o Mundo
Fragmentos, visões, conversas, imagens, devaneios, surtos, análises, opniões, filmes, tecnologia... tudo o que eu conseguir captar e traduzir em palavras para que todos possam ler.
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domingo, 22 de janeiro de 2023
Poderia passar o dia assim
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
Maria Luiza e a leitura.
Maria Luiza está cada vez mais danada e espirituosa.
Sempre estimulamos a leitura comprando livros desde pequenininha. Sempre gostou de folhear os livros vendo as figuras e pedindo para nós contando as histórias.
Aos 6 anos está no grupo 5 e desenvolvendo a leitura. Ainda com pouco de dificuldade normal da idade mas lendo razoavelmente bem.
No início do ano, tanto eu quanto a mãe nós liamos tudo das atividades da escola; ela interpretava as histórias, desenvolvia as respostas e nós escrevíamos pra ela, ou colocávamos numa lousa/quadro que temos para depois ela passar pra a atividade. Aos poucos fomos fazendo pequenas mudanças; liamos e pedia que ela lêsse com uma ou outra palavra mais fácil. Com o tempo, invertemos; ela lê muito mais e nós ajudamos nas palavras mais difíceis fazendo apenas às devidas correções. Nas histórias ela lê como conseguir e depois lemos novamente para ela não perder o entendimento.
Na noite anterior da história dessa semana, uma sexta-feira, leu comigo bem animada 3 livros infantis de uma coleção que ela ganhou tempos atrás. Quando foi no sábado, na hora de fazer a atividade da escola, ficou com preguiça de ler, emburrada.
Ficamos um bom tempo no duelo; ela dizendo que eu que tinha que ler e eu dizendo que era uma atividade e ela é quem deveria ler. Reforcei que quando era atividade para os pais lerem, que vinha a indicação na própria atividade ou na agenda da escola. Depois de alguns minutos no embate ainda, levantei para beber água e ela ficou choramingando ainda.
Quando estava na cozinha, percebi o choro parar subitamente e vi de relance que ela pegou a agenda e estava escrevendo algo. Fingi que não vi, demorei um pouco mais na cozinha prevendo que haveria alguma arte. Quando voltei ela me mostrou a agenda dizendo que eu não havia visto direito e não tinha lido o recado da pró.
Veja só:
"para o atutu le a cirad"
Traduzindo:"Para adulto ler a ciranda"
🤣🤣🤣🤣Ela me entregou e ficou com cara de quem fez traquinagem, me observando para ver se eu falava algo. E eu me controlando para não rir fiquei indagando a ela sobre a letra diferente da pró, sobre a pró ter escrito adulto de forma errada... Ela sempre com uma resposta pronta para endossar, que a pró havia esquecido uma letra; tinha usado uma letra maior... sempre com uma cara traquina, esperando o momento que fosse descoberta.
Entrei na brincadeira e fiz uma chamada de vídeo para avó, minha mãe, que conhecendo a neta endossou as dúvidas... Maria sustentando. Quando apontamos a suspeita dela ter escrito, que estava mentindo, passou a rir e esconder o nariz *.
* Sobre o nariz, desde pequena eu contava a história de Pinocchio e que o nariz crescia quando mentia. Ela desconfiava que era mentira desde bem novinha; ia para frente do espelho me mostrar que o nariz não crescia. Para não perder a história inventei que apenas os adultos viam o nariz crescendo; depois dessa explicação passou a cobrir o nariz toda vez que ela inventava uma história; até hoje quando quer pregar uma peça em alguém cobre o nariz.
Mais alguns minutos de risadas e várias cosquinhas que fiz até ela confessar a traquinagem, acabou que chegarmos a um acordo: ela lendo uma página e eu lendo a outra.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Você iria se importar?
Acredito que ele tenha uma percepção da realidade, diferente da que nós temos.
Hoje ele passou por aqui, deu um "olá" e seguiu. No mesmo instante retornou, olhou pra dentro e falou:
- Você iria se importar de ser padre? - e reforçou a pergunta com uma outra frase parecida:
- Você iria se importar?
Novamente, antes mesmo que eu pudesse entender a pergunta, ele se virou e seguiu caminho.
Até agora eu não sei se me importaria ou não, porque sempre fico a imaginar sobre o que é que ele estava a imaginar antes de fazer essa pergunta.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Praça Padre Mateus em Santo Antônio de Jesus, Bahia (Nov/2012)
Provavelmente fim dos anos 70 ou início dos anos 80
domingo, 14 de outubro de 2012
Milagres
Eu sempre acreditei em milagres.
Comecei acreditando que quando estivesse passando por uma dificuldade, podíamos pedir ajuda a Deus, E desde que fosse um pedido justo, para o bem e feito com muita vontade a Deus esse pedido seria atendido. De alguma forma, ele colocaria algo ou alguém no caminho para que pudesse ajudar ou pelo menos que pudesse mudar forma da pessoa ver o mundo.
E depois de um tempo, passei a perceber que não podemos viver somente em estado de espera pelas graças. Precisamos desenvolver a nossa sensibilidade para perceber nos outros as dificuldades pelas quais elas possam estar passando. E assim, quem sabe um dia possamos também ser aquele que ajuda.
Eu sempre acreditei que nós podemos ser tanto anjo como demônio. São as situações que encontramos e a ações que escolhemos tomar, que determina como seremos percebidos; um anjo que pode ajudar ou um demônio que prejudicou ou deixou de ajudar.
Sou muito agradecido pelas coisas boas que me aconteceram e também pelas más, que nunca foram tão graves, que não pudesse suportar.